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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Fábrica em Paulista vai vestir seleção

setembro 30, 2009

O tecido dos uniformes da seleção brasileira de futebol e outras modalidades esportivas será fabricado em Paulista, município da Região Metropolitana do Recife. A paulista Neotextil, que fornece para marcas como Nike, Oakley e Puma, decidiu instalar em Pernambuco uma fábrica antes prevista para a Guatemala. O empreendimento deve gerar 700 empregos diretos na primeira fase da operação, prevista para o segundo semestre de 2010. O investimento é de R$ 90 milhões, podendo chegar a R$ 150 milhões até 2012, quando deverão ser geradas 1.170 vagas.

Segundo o diretor-presidente da Neotextil, Sérgio Ibri, a implantação da fábrica começa já na próxima semana. A área, de 20 hectares, fica próxima a Porto Arthur. "Nossa capacidade de produção está toda tomada. O plano inicial era ampliar a fábrica de Americana (município do interior de São Paulo) e instalar uma segunda unidade no exterior. Mas encontramos em Pernambuco um conjunto de fatores que foi decisivo nessa definição e vamos implantar essa fábrica em tempo recorde", disse o executivo, que esteve ontem no Palácio do Campo das Princesas para anunciar a decisão.

Entre os fatores apontados por Ibri estão a existência de mão de obra disponível, os incentivos fiscais e a condição logística, em função do Porto de Suape. A Neotextil pretende exportar entre 25% e 30% da produção prevista para a unidade pernambucana, que é de 19,2 milhões de metros de tecidos/ano, principalmente para América Latina, Canadá, parte da Europa, África do Sul e Austrália. O único concorrente da empresa hoje está na Ásia. "Pelos nossos cálculos, nessas condições logísticas, vamos nos tornar muito competitivos exportando por Suape", prevê.

A Neotextil tem pressa por causa da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e de 2014, que ocorrerá no Brasil. A capacidade da fábrica de Paulista será maior do que a de Americana, que é de 12 milhões de metros de tecidos/ano. A matéria prima virá da PetroquímicaSuape, complexo que a Petroquisa, subsidiária da Petrobras, está implantando em Suape. A ideia é adquirir 25% da produção de fios de poliéster da planta e fabricar, além de tecidos esportivos de performance, confecções. Serão mais de 250 tipos de tecidos diferentes, entre eles poliamida e mistos de algodão.

A Neotextil foi fundada em 2003 e em 2006 efetivou a compra da operação de tecidos sintéticos e mistos da Vicunha Têxtil S/A. A empresa emprega atualmente 404 pessoas e em 2008 faturou R$ 48 milhões. De acordo com Sérgio Ibri, a expectativa é faturar R$ 77 milhões este ano. "A melhor coisa que aconteceu para nós foi a crise. Os asiáticos se afastaram, ficaram desacreditados, e nós crescemos", comentou.

Para o governador Eduardo Campos, a chegada da Neotextil vai contribuir para a revitalização do polo têxtil de Paulista, que entrou em crise há 30 anos. "Esse empreendimento se soma a outros que estão chegando ao estado no lastro da PetroquímicaSuape, como a Unimetal em Timbaúba", comemorou o governador.

Fonte: Diário de Pernambuco


 

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