O secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, concedeu uma entrevista coletiva, na manhã deste sábado (19), para comentar o ocorrido. Para ele, o caso é pontual e não uma realidade de Pernambuco. “Trata-se de um fato isolado, infeliz, que está sendo apurado com o rigor e a transparência devida”, garantiu.
Servilho Paiva também identificou os policiais envolvidos no caso. São eles: o sargento Aldo Fernando da Silva, que atua há 14 anos na Polícia Militar, e o soldado Erenildo Januário dos Santos, servidor da PM há três anos. Ambos pertencem às Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) e já foram retirados do trabalho de rua.
Agora, eles estão desempenhando funções administrativas, tiveram suas armas encaminhadas à perícia e vão passar por exames psicológicos. Além disso, os dois também serão submetidos à reciclagem, até a conclusão das investigações. Além do inquérito criminal, a PM já abriu uma sindicância para apurar a conduta dos policiais.
De acordo com Servilho Paiva, números da Corregedoria da SDS apontam que o último registro de vítima fatal em confronto policial, em Pernambuco, é de 2001. “Repito que a atitude foi isolada, é uma infelicidade indiscutível”, afirmou reiterou o secretário.
O sargento e o soldado prestaram o primeiro depoimento ainda na madrugada. "A versão deles é que foram contactados pelo rádio para uma chamada de emergência e assumiram a ocorrência, antes que a viatura destacada chegasse, porque estavam próximos do local do crime. Eles disseram também que foram recbidos a tiros e reagiram", conta Servilho Paiva.
A família tem uma versão diferente e acusa os policiais de já chegarem atirando. "Versões de parte a parte têm que ser confrontadas com as perícias e as oitivas que acontecerão durante o inquérito. Tenho absoluta certeza e convição de que os policiais são orientados a ter cuidado na abordagem. O histórico de Pernambuco mostra isso", defende o secretário.
Servilho Paiva explicou que a investigação vai ocorrer em dois níveis, um criminal e outro administrativo. Na criminal, serão dois focos distintos: como houve a morte da criança, ele é considerado em princípio um homicídio. Pelo fato de envolver um menor entre os supostos autores de crime, o Estatuto da Criança e do Adolescente obriga o encaminhamento à Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), que vai apurar a conduta do menor infrator.
Assim, dois delegados assumiram o caso: Jandir Souza Leão, da GPCA, e Genezil Coelho, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No nível administrativo, a Polícia Militar investiga a conduta funcional dos policiais, através de sindicância. Tudo é acompanhado pela Corregedoria da SDS, de onde sairá a conclusão sobre o comportamento dos PMs.
A Polícia Civil também determinou que o Grupo de Operações Especiais prestassem apoio à GPCA na busca e captura dos outros envolvidos no crime. Diferente do que havia informado inicialmente, a polícia reduziu para três o número de suspeitos de cometer o assalto. Todos seriam menores de idade e entre eles haveria uma adolescente.
ENTENDA O CASO
A família – cinco crianças e dois adultos – estava num carro modelo Palio quando, por volta das 23h, um Vectra preto, ocupado por dois bandidos, se atravessou na frente do veículo onde a família estava e o assalto foi anunciado.
Os homens estavam armados com revólveres e exigiram dinheiro, telefones celulares e jóias. Um vigilante de uma loja viu a ação e chamou a polícia. Testemunhas também disseram que o casal já havia entregue todos os pertences aos assaltantes quando a polícia chegou e começou a atirar no carro em que estava a família.
O engenheiro Márcio Malveira de Barros, 35 anos, levou um tiro de raspão na cabeça, foi atendido no Hospital da Restauração (HR) e recebeu alta. A esposa dele, a advogada Ana Virgínia Barros, 32 anos, não se feriu.
Dois dos filhos do casal, Marcelo e Amanda, nada sofreram. O terceiro filho, Caio Malveira de Albuquerque, 6 anos, foi atingido com um tiro de raspão na costela. Ele está internado no hospital Santa Joana. A irmã de Ana Virgínia, Bruna Vitória Ramos de Barros, 11 anos, levou um tiro no rosto, foi socorrida no HR e já recebeu alta. A outra irmã, Maria Eduarda Ramos de Barros, 9 anos, que foi baleada no tórax, não resistiu aos ferimentos e morreu no HR.
As duas crianças que escaparam sem ferimentos disseram que a mãe delas gritou para alertar aos policiais. Márcio de Barros falou também que um dos assaltantes, um menor de 14 anos, se escondeu dentro do carro da família, mas não atirou contra os policiais. Ele foi baleado, socorrido no HR e já recebeu alta.
Com esse adolescente, a polícia encontrou um revólver calibre 38, cinco balas deflagradas e uma bala ainda intacta. Em depoimento, o menor afirmou ter participado de cinco assaltos na mesma noite, junto ao grupo, na Zona Sul da cidade.
Fonte : Pe 360 Graus
O veículo usado na tentativa de roubo na Cidade Universitária seria fruto de um desses assaltos. Mesmo tendo sido flagrado armado, o adolescente negou ter atirado contra a família. A polícia espera o resultado do exame de balística para comprovar ou não o depoimento.
da Redação do pe360graus.com
Written by Guto Brandão
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3 comentários:
a imprensa de carpina é uma bosta, ninguém fez a cobertura, o tal peruquinha apareceu vestido de palhaço(calção e camiseta), quem apareceu pedindo voto no velório foram:charles beira e zé homérico, sera que eles são normais querendo tirar proveito até das tragédias que ocorrem em nossa cidade. as rádios da cidade só sabem fazer cobertura de palanques eleitorais, querem ser imprensa?????que imprensa coisa nenhuma vândalos da ética, ridículos papagaios de políticos
tudo o que for publicado em carpina será através de cópias dos jornais do recife . que vergonha e ainda querem ser chamados de imprensa. nunca mais perderei tempo com essas emissoras que só sabem fazer cobertura de fatos forjados. soube tudo pela rádio jc, que tem repórteres de verdade, não lambedores de microfone.
O pior de Todos é Francisco Junior, pois quem gostava de Jota Candido NÂO GOSTA DO PROCEDIMENTO DELE.
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