"Preso usava celular para controlar gangue que ameaçava comerciantes da Mata Norte e exigia dinheiro em troca de proteção. Telefone foi apreendido
A Polícia Militar desbaratou mais uma quadrilha comandada por detento do Presídio Professor Aníbal Bruno, no Sancho, Zona Oeste da capital. Abdoral Gonçalves de Queiroz, preso há seis anos na unidade por vários crimes, utilizava um telefone celular para ordenar o recolhimento de dinheiro de comerciantes de cidades da Mata Norte, como Macaparana, Timbaúba, Aliança e Nazaré da Mata. Na tarde de quinta-feira, após uma das vítimas entrar em contato com a polícia, o homem responsável por fazer esse recolhimento, identificado como Itagildo Feliciano de Araújo Filho, de 32 anos, foi preso em Timbaúba e confessou sua participação no crime. A polícia apreendeu o aparelho utilizado pelo detento após uma varredura realizada no presídio na manhã de ontem.
Segundo o delegado do GOE, que assumiu o caso, Antônio Barros, o detento é uma figura conhecida na região que amedrontava a população. “Abdoral era um homem envolvido com grupos de extermínio, conhecido por todos. Ele telefonava para os comerciantes e os ameaçava, dizendo que conhecia a família da vítima e seus hábitos. A partir de então, mandava um comparsa para recolher os valores. Não sabemos ainda quantos foram lesados, mas só neste último caso a extorsão chegaria a R$ 5 mil”, comentou. O valor pedido inicialmente teria sido de R$ 30 mil.
Durante a apresentação à imprensa, Itagildo tentou negar a participação no esquema, mas segundo o delegado, ele afirmou, em depoimento, que receberia R$ 1 mil pela participação. Antônio Barros acredita que outras pessoas possam estar envolvidas. “A partir de agora, começaremos a investigação e novas vítimas desse grupo devem aparecer. Possivelmente, chegaremos a outros participantes”, pontuou.
OUTROS CASOS
A notícia de que presos comandam atividades criminosas de dentro do Aníbal Bruno não é novidade para a polícia. Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal interceptou uma remessa de 18,5 quilos de cocaína encomendada por um detento a traficantes do Estado de Mato Grosso. Em maio de 2007, a PF desarticulou um esquema que rendeu mais de R$ 1 milhão a um presidiário através de empréstimos bancários e venda de drogas. Cerca de 30 pessoas trabalhavam para o preso condenado."
Fonte: Jc Online
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