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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

NO CAFÉZINHO

fevereiro 16, 2009


Amigos leitores, nesta segunda feira o nosso assunto é um dos mais complexos da atualidade e têm sido alvo de discussões em todo Brasil: Multiculturalismo. Certa vez visitei uma das grandes mostras de cultura do estado e o assunto me chamou a atenção. Certamente nesta época do ano que antecede o carnaval, é comum ouvir todo mundo comentar o assunto e com seus espaços definidos ou não, a cultura popular do Carnaval, dentro do seu contexto de sua irreverência, da sua autenticidade, do seu jeito arredio, abre espaço para a diversidade.


Quando falamos em Diversidade nos salta a mente as diversas manifestações culturais oriundas do estado. O maracatu de Aliança, Nazaré e Paudalho, os caiporas de Pesqueira, os papangus de Bezerros, os bonecos Gigantes de Petrolina, O Boi de carnaval de Timbaúba e por aí a fora. Há muitos anos, a gente observa o quanto esses pólos tem se fortalecido e buscado maiores incentivos. Particularmente acho que a atitude do Governo do Estado este ano foi altamente plausível, quando além de aumentar os investimentos nesses pólos, voltou sua campanha de Carnaval no rádio e na TV, para essa diversidade.


Levando em consideração, sobretudo no spot e no VT, a identificação dos pernambucanos com esse Multicultalismo e a sinergia do Estado com essa identidade cultural. Bom seria se realmente os municípios cumprissem a orientação do Governo, que foi a de que as bandas seriam obrigadas a tocar 80% de Frevo, como forma de preservar nossa cultura e obviamente reverenciar o nosso ritmo que após seu centenário, passou a ser patrimônio cultural do Brasil. Infelizmente, a meu ver acontece uma disparidade em relação ao Trio elétrico. Quando um garotinho tem menos de 12 anos, por exemplo, o mundo cultural pra ele é fascinante, ele sempre um incomensurável prazer em se fantasiar e apaixonasse de uma forma intensa pelo contexto cultural, qualquer que seja.


Quando se passa para a adolescência, começa a namorar e aí, o ritmo na sua maioria da juventude é o AXÉ baiano, ou seja, ele acaba perdendo aquela identificação com a cultura, para ir atrás de um trio elétrico. Defendo que deve se ter espaço para todas as manifestações, entretanto, essa invasão do ritmo baiano no nosso estado, vem tirando um pouco da nossa identidade e tem tirado um pouco um Foco da nossa cultura popular.
Com letras que nada dizem na sua maioria e essa exploração da sexualidade nas coreografias a gente observa que é um ritmo que mexe com os jovens e detém uma grande parcela de adeptos.
É um momento esse que acredito que talvez seja uma das maiores oportunidades que temos de preservar o nome de Pernambuco, reverenciando os antigos carnavais e dando espaço a “reinvenção” dos ritmos pernambucanos, aos nossos artistas que dão cada vez mais, novas roupagens ao frevo e a outros ritmos nossos.


Também me alegra ver o quanto algumas autarquias e associações tem abraçado essa luta e buscado a valorização da nossa identidade.
Vamos buscar um Carnaval nosso! Com uma festa em todos os pontos de animação preservando muito mais essa nossa identidade, inserida com maior intensidade no contexto deste Carnaval. Grande abraço a todos e até a próxima segunda.
* Guto Brandão escreve " No cafézinho" todas as segundas feiras.

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