O Ministério do Desenvolvimento Social anunciou ontem o cancelamento de cerca de 450 mil benefícios do Bolsa-Família e incluiu 208 mil novas famílias no cadastro, que receberão o dinheiro já neste mês. O ministério explicou que outras entrarão no programa em abril. A cada cancelamento, uma nova família que se adeque ao perfil do programa é incluída.
São Paulo foi Estado mais atingido pelos cortes: 100.264 famílias tiveram seus benefícios cancelados. Minas aparece em seguida, com 59.949 cancelamentos. Na Bahia, foram cancelados 31.569 benefícios. Em Pernambuco, houve 22.773 cancelamentos e a inclusão de 14.276 famílias.
Os cortes foram feitos entre outubro de 2008 e fevereiro deste ano. A exclusão da maior parte das famílias se deu por causa de falta de informação nos cadastros, que estavam desatualizados. O ministério identificou também que milhares de beneficiários tinham renda acima do perfil do programa. A suspensão não impede que essas famílias voltem ao programa, desde que comprovem que se enquadram nos critérios.
O cancelamento ocorreu depois que a Secretaria Nacional de Renda e Cidadania do ministério comparou seu cadastro com a Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho, de 2006. Concluiu-se que 622 mil famílias, das 11 milhões beneficiadas, estavam acima do perfil e do critério de renda mensal per capita de até R$ 120. Em setembro, houve bloqueio dos benefícios e, com nova atualização, constatou-se que só 175 mil se enquadravam nas regras e tiveram seus repasses liberados.
Jornal do Comercio
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