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terça-feira, 14 de abril de 2009

Próximo final de semana tem Solteira, Casada, Viúva, Divorciada

abril 14, 2009


Nesse próximo final de semana acontece no Galpão das Artes em limoeiro, o espetáculo teatral, Solteira, Casada, Viúva, Divorciada. O espetáculo tem produção geral de Fabio André
Em virtude do sucesso que o espetáculo obteve em Caruaru, o monólogo, Solteira, Casada, Viúva, Divorciada segue a Limoeiro. A peça é um projeto voltado diretamente ao entretenimento com qualidade sem o riso fácil, nem muito menos o palavrão descontextualizado. É uma peça feita para se pensar o posicionamento da mulher nos dias de hoje e o que deverá ser o homem para esta mulher que não se limita ao papel de uma simples coadjuvante na sociedade, mas sim uma cidadã que interfere diretamente no amanhã de nosso país e do mundo.
Como se trata dramaturgicamente de um conjunto de quatro esquetes com quatro personagens, a plástica do espetáculo baseia-se fundamentalmente em uma radical caracterização das personagens, através de um conjunto de figurinos e perucas que ricamente vestem as quatro mulheres que de certa forma, representam todas as mulheres que conhecemos.
SCVD leva um novo contexto cenográfico ao teatro de Limoeiro, levando uma proposta de fazer uso de uma linguagem videográfica a serviço do teatro. Mostrando que por se tratar de uma arte composta de várias outras, o teatro poderá muito bem fazer uso de linguagens cinematográficas ou videográficas para melhor compor sua estrutura narrativa e estética.
Reforçando ainda mais a qualidade artística deste trabalho, o espetáculo que tem o apoio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) circula por outras 12 cidades do Estado.

O Início


Em 2006, três profissionais se encontraram com um único objetivo: Montar uma peça teatral que trouxesse aos pernambucanos uma proposta que apontasse a importância do teatro contemporâneo e suas especificidades quanto a possibilidades de uso de linguagens advindas de outras artes (o teatro é caracterizado por sua facilidade em dialogar com inúmeras outras manifestações artísticas desde os tempos remotos do teatro Grego).
A experiente atriz, Maria Alves, que também é arte-educadora, desafia o tempo e as possibilidades de limitação no contexto geográfico que está inserida e provocou este encontro. Com 20 anos de teatro e conhecida por produções como Avatar, Dorotéia Vai à Guerra, tem também em seu currículo cursos, work shops e oficinas com os nomes importantes do teatro brasileiro como Antônio Abumjanra, Gerald Thomas, dentre outros que possibilitaram o surgimento de uma linguagem própria para as artes cênicas de nosso país. Ela apresentou a proposta de montar um monólogo que marcasse não só o seu retorno aos palcos, mas também a possibilidade de fazer uso de outras linguagens cênicas.
O publicitário e produtor cultural, João Carlos Lins, atendeu a provocação, analisou o texto, que já foi encenado pela atriz Lílian Cabral (que com ele ganhou o prêmio Shell em 1993) e aceitou participar desta aventura não só como produtor, mas também como publicitário, dando um tratamento mercadológico ao produto artístico, apresentando-o a sociedade como algo bem tratado, inclusive sob uma ótica de marketing cultural e de ações comunicacionais. João Carlos Lins, proprietário da MÔLINS Comunicação, assinou de igual forma este arrojado projeto.
Era necessária ainda uma terceira pessoa, um diretor teatral que atendesse as visões e devaneios da dupla já mencionada. Aluízio Guimarães, diretor paraibano que montou “Inferno” peça que levou mais de oito mil pessoas ao teatro, sucesso de público e de crítica. Convidado por João Carlos, ele aceitou o desafio de continuar em sua linha criativa, mas em terras outras, uma carreira que seja subsidiada em um teatro contemporâneo que possibilite o diálogo com as mais diversas formas de manifestação artística que poderão ir do palco nu ao ciber espaço.


Ficha técnica:

Autores: Noemi Marinho, Maria Adelaide Amaral, Luiz Arthur Nunes e Regiana Antonini
Direção: Aluízio Guimarães
Atuação: Maria Alves
Produtor Executivo: João Carlos Lins
Produção: Môlins Comunicação
Figurino e Assistência de Direção: Gabriel Sá
Iluminação e Sonoplastia: Ednilson Leite
Maquiagem e Cabelo: Cristiano Vasconcelos
Contra Regra: Edson Barros
Assistente de Produção: Erton Cabral
Fonoaudióloga: Cirana Vasconcelos
Psicóloga: Ana Karla Nunes
Preparador Físico: Miguel Tabosa Neto
Diretor de Fotografia e edição: Bruno Virgulino
Produtora do Vídeo: Frame Vídeo
Direção de Vídeos: Aluízio Guimarães
Diretor de Arte do Vídeo: Waldeperes Barros
Produção de Set: Camila Maxminiano e Erton Cabral



Teatro Como Instrumento Pedagógico

O Teatro na Educação, ou o Teatro Pedagógico consiste em levar para a sala de aula as técnicas do teatro e aplicá-las na comunicação do conhecimento. A apreciação da obra de Arte, nesse caso a peça de teatro Solteira, Casada, Viúva, Divorciada, vai além do divertimento, levando o aluno a refletir, analisar e levantar questionamentos sobre o que está assistindo.
O Teatro é um poderoso meio para gravar na memória do aluno um determinado tema, ou para levá-lo, através de um impacto emocional, a refletir sobre determinadas questões: morais, sociais, psicológicas, culturais, políticas entre outras. O comprometimento das Instituições de Ensino em levar os alunos ao teatro, possibilita ao mesmos entrarem em contato com a Linguagem Artística e Estética do Teatro.
Entra nesse contexto a função Educacional e Pedagógica do Teatro que vai além da obra, promovendo a transformação do indivíduo preparando para refletir com criatividade e criticidade os valores culturais.
Há dois tipos de teatro: o Teatro a Arte milenar desenvolvida pelos gregos e o Teatro na Educação que é ainda mais antigo, pois o homem primitivo dramatizava os fatos e os fenômenos da natureza para compreendê-los melhor.
Para Ana Mae Barbosa ,a criatividade vai além da sala de aula. A autora chama atenção para a apreciação e interpretação da obra de arte, abrindo caminhos para que nossos alunos possam fazer uma releitura dessas obras inserindo-as no contexto social em que eles vivem.
O espetáculo Solteira, Casada, Viúva, Divorciada, abre possibilidades para diversas discussões. “Queremos deixar claro que não estamos deixando uma receita, nem queremos dar respostas prontas. Pretendemos instigar, provocar, levantar questionamentos e reflexões sobre nossa peça, tanto na Linguagem Artística, quanto na Linguagem educacional do teatro”, explica o produtor do espetáculo, João Carlos Lins.
Além da apresentação do próprio espetáculo, a proposta é de um encontro com professores e com um membro da equipe do espetáculo. Nesse encontro com os professores de diversas áreas do conhecimento, serão discutidos elementos que possibilita o desenvolvimento de um trabalho pedagógico para os alunos, através de elementos obtidos na apreciação do espetáculo.

CONTEÚDO:
Discussão do universo feminino. Visto a partir, das histórias de quatro mulheres totalmente distintas;
Complexidade da relação humana;
Formação de personalidades, a partir do contexto social, econômico e cultural, de onde as personagens estão inseridas;
A solidão humana, independente dos sexos;
Identificação pelos alunos através das personagens da peça, com pessoas que eles conhecem, ou convivem;
Análise do texto, partindo das contribuições do mesmo para os dias atuais;
Ênfase na importância da ida dos alunos ao Teatro, para formação de platéia;
A importância do Teatro na formação de cidadãos críticos.

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