Ficava aqui sonhando com o dia em que Timbaúba voltaria a ter um espaço democrático e digno para o livre embate de idéias. Olhei em volta e ví toda a mídia de uma cidade com 60 mil habitantes refém de um só lado, por isso resolvi voltar. Estava realmente cansado de chegar na minha cidade todos os fins de semana e ouvir e ler coisas que não traduzem uma pura realidade. Às vezes quando ligo o rádio, começo a imaginar que ao invés de estar morando numa cidade pobre, parte da humilde região canavieira da zona da mata norte de Pernambuco, estaria minha família integrando talvez, alguma pacata cidade da Suiça, Bélgica, Alemanha...
Confesso que é um saco ouvir tantas benfeitorias que na prática não existem, uma linha editorial simplóriamente montada para agradar aos interesses do dono da emissora e prefeito da cidade.
Mas, até mesmo as pessoas mais simples, não se deixam enganar. Todo mundo já percebeu que por trás de todo o "padrão jornalístico" e da mensagem subliminar de uma Timbaúba de "primeiro mundo" a realidade é muito diferente, é muito pior.
O povo já percebeu a real intenção desse tal governo que quer trazer a marca de um "novo tempo". Um novo tempo de monopólio, do imperialismo, da truculência, da ignorância política... Um novo tempo onde só quem tem mais vale muito, e os que não tem nada não existem.
Não quero fazer julgamento pessoal do nosso Princípe-Regente, não quero falar dele, e isso jamais vou fazer. Não sou como as pessoas que o rodeiam e tentam denegrir todos que ousam pronunciar o nome da alteza real. Mas, como eleitor timbaubense, votando na seção 01 do colégio Cenecista, Eu posso cobrar da atual gestão respeito, dignidade e políticas que beneficiem a minha cidade.
Faço isso isonomicamente, respeitando todos os príncipios do código de ética dos jornalistas brasileiros.
Faço isso em tom de agonia, de quem precisa soltar um grito de liberdade. De alguém que não pode mais calar.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
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