"O motorista cumpria uma jornada normal de trabalho, tento tido folga de 17 horas desde a sua última viagem", é o que diz a nota enviada pela empresa Expresso Guanabara, que teve um veículo envolvido em um acidente no Sertão paraibano que resultou em sete mortes na manhã deste sábado (7). O motorista do ônibus que transportava 29 passageiros de João Pessoa para Cajazeiras, uma distância de 476 km, ficou preso nas ferragens e morreu no local.
Na nota, a Guanabara também questionou as declarações do condutor da carreta que também se envolveu no acidente. Ele informou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que o ônibus estava na contramão e em alta velocidade devido a um possível cochilo do motorista.
O homem que dirigia a carreta explicou que ainda tentou puxar o veículo para o acostamento, mas a lateral do ônibus foi arrancada pela parte traseira da carreta, segundo informou o inspetor S. Gomes, da PRF. A PRF aplicou o teste de alcoolemia no motorista da carreta e não foi detectada a presença de álcool no sangue dele.
A empresa ainda informou que já tomou todas as providências necessárias e montou uma estrutura para recepção dos parentes das vítimas. A Guanabara enfatizou também que está prestando assistência à família do motorista, Aderaldo Fernandes da Silva, de 65 anos, e se referiu a ele como "um profissional de excelente conduta durante os seus nove anos de atuação junto à empresa".
O acidente aconteceu no km 463 da BR-230, no município de Sousa, a 434km da capital João Pessoa. A carreta, que tinha placa da Bahia, seguia viagem de Petrolina, em Pernambuco, para Natal.
(Foto: João Fábio)
Sete ficaram presos nas ferragens e morreram com a colisão, incluindo o motorista do ônibus. Os Bombeiros estiveram no local para retirar os corpos das ferragens. O condutor da carreta teve apenas lesões leves.
Aproximadamente 15 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas pelo Samu ao Hospital Regional de Sousa. A Guanabara também informou que apenas quatro dos feridos ainda estavam no hospital com escoriações e sem risco de morte. Duas delas tiveram que ser submetidas a cirurgias. Os demais já receberam alta.
De acordo com o inspetor S. Gomes, alguns familiares já reconheceram os corpos das vítimas, todos passageiros do ônibus. Além do motorista Aderaldo, morreram Analice Moreira Antunes, de 61 anos, Mariana Diógenes Moreira, de 31 anos, Antônio Antunes Filho, de 63 anos, Caio Henrique Alipio Pedrosa, de 20 anos, Leandro Gomes dos Santos, de 13 anos, e Maria Aparecida Pedrosa dos Santos, de 14 anos.
0 comentários:
Postar um comentário