segunda-feira, 27 de abril de 2009
No cafézinho
abril 27, 2009
" De volta ao Planeta dos macacos, me sinto com o cérebro inerte, em reminiscências de fragmentos"
Amigos, que saudades estava esse blogueiro do nosso contato direto com a coluna. Esses últimos dias foram bastante difíceis e turbulentos, sobretudo quando calcula-se os prejuízos envolvidos na recessão econômica e as atuais catástrofes administrativas cometidas por alguns.
Nesse período afastado da coluna por compromissos inadiáveis com estudos dirigidos atrasados e com meu curso em coach para PNL, senti que estava esquecendo da minha coluna quando o tempo voraz já havia passado, rasgando do meu calendário semanas.
No último final de semana, encontrei com amigos da Faculdade, no centro de convenções na capital, para prestigiar o 1º Fórum de palestras da FJN, onde na oportunidade principalmente, nas mesas redondas promovidas pela manhã, pude comprovar o quando o mercado radiofônico, anda cada vez mais sem saída, sem rumo. É lamentável, a hegemonia política na detenção das concessões de emissoras e os direcionamentos de programação que privam o meio de sua pureza e liberdade. Quando decidi não continuar nos microfones por um bom tempo, tinha certeza do que estava prestes a fazer. Era visceral, perigoso e sintomático tentar me desvencilhar da profissão que por 10 anos, defendi e fui fiel com justiça e com prazer. Sou maranhense de São Luis mas por onde passei, procurei conhecer por inteiro os costumes do lugar que acabara de escolher para minha mobilidade social horizontal. Ao chegar no interior deste estado, comecei a perceber o quanto ainda se desrespeita o código de ética do jornalismo, principalmente no seu artigo segundo com todos os seus parágrafos que determinam assim:
Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que:
I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas;
II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público;
III - a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão;
IV - a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as não-governamentais, deve ser considerada uma obrigação social;
V - a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à autocensura são delitos contra a sociedade, devendo ser denunciadas à comissão de ética competente, garantido o sigilo do denunciante.
Na minha concepção, o desrespeito consecutivo principalmente deste artigo do código, vem ferindo a integridade do meio e deixando a nossa imprensa e os meios de comunicação de massa,
cada vez mais demodê, saturados e tirando a credibilidade conquistada com muito esmero por profissionais antecessores.
Quando discorri o artigo "Capitalismo Selvagem-buco-canibal" para o blog Estado Violência, no ano passado, numa saleta escura e fria e sob um computador jurassíco. Sabia que falava exatamente da atual guerra que se instala nesse século, a guerra pela sobrevivência. Naquela momento, era formidável para mim, falar sobre a briga existente entre os "profissionais" de imprensa e os aventureiros do microfone ou da escrita, por apadrinhamento político e por anúncios comerciais mantenedores.
Durante maior parte de minha carreira optei pelo estilo "Disk-jóquei" no rádio, onde anunciava músicas, conversava com ouvintes ao telefone, falava das principais notícias e trazia dicas importantes as comunidades locais, óbviamente, descompromissado com a responsabilidade jornalística dentro dos preceitos do rádio-jornalismo comum.
Os convites para integrar esse formato me vinham com uma dose de veneno. Afinal, nunca fui homem de rodeios ou deixar de dizer o que penso e sabia que no ar, poderia deixar de atender determinadas vontades da coordenação de programação.
De toda forma, sinto me feliz pelos amigos conquistados, pelas experiências vividas e pelos momentos em que pude ascender profissionalmente e sobreviver com dignidade nesse meio.
Para tanto, ter descoberto o blogging e toda sua força na web, me fez encontrar um caminho prazeroso e bastante agradável de comunicar. Principalmente, com independência, idoneidade e transparência.
Pois creio que a comunicação não pode seguir o rumo ou a conotação que vem tomando, ficando clichê e sem renovação.
Prova disso, foi o baita susto que tomei quando visitei alguns municípios de nossa região e pude comparar os trabalhos que as grande agências de comunicação fizeram, criando slogan e logo marca, bastante semelhantes à marca da prefeitura do Recife e do Governo do Estado.
Procurando uma identidade com a população na sua maioria sem essa representatividade, no contexto real, passando de uma tentativa de renovação à uma ação de marketing político demagógica.
Sem falar, nos aspirantes à batedor de carimbo, assumindo cargos de chefia administrativa, altamente conceituados e sem preparo algum para função.
Até quando esse absurdo vai continuar acontecendo? nem Deus sabe!
Só me resta continuar com o meu trabalho de informar a comunidade pois se acaso, tentasse seguir a trilha de alguns estaria de volta ao Planeta dos macacos, me sentindo com o cérebro inerte, em reminiscências de fragmentos"
O nosso blog vem com novidades especiais para os nossos censurados apartir da próxima semana.
Aguardem!
Um Grande Abraço e até a próxima semana!
" Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza." Allan Kardec
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário