STF tem posição favorável a um novo AI5
Um cordial abraço aos fraternos censurados e leitores assíduos da Nossa Coluna. Hoje teimei em escrever a coluna, afinal há algumas semanas estou sendo talvez redundante para alguns, por estar trazendo como enfoque o tema: Comunicação. Afinal, é mister que eu justifique esse assunto que me parece tão pertinente no âmbito atual quando principalmente começamos a observar o quanto o pensamento de Sá Martino e a sua Troca Cultural é edificante. Não existe hoje nenhum processo Cultural, seja popular ou erudito, de resistência ou de massa, ou talvez que siga a linhagem de Frankfurt ou dos pesquisadores dos “Cultural Studies” e que possa se imaginar que o que o cotidiano representa possa viver alheio a comunicação ou vice e versa. Para ser mais exato, posso apenas dizer que o nosso cotidiano e tudo o que produzimos é resultado do trabalho dos veículos de comunicação como da mesma forma, deve existir uma simetria da mídia em sintonia com o nosso cotidiano. Na semana passada, a notícia de que o Supremo Tribunal Federal haveria acatado a decisão de derrubar a exigência do Diploma para o pleno exercício da profissão de jornalista, caiu como uma bomba, no nosso meio. Alguns estão comemorando, outros chorando.Afinal que interesse estaria por trás dessa decisão tão radical, tendo em vista que hoje em nosso meio o que não falta são aventureiros da mídia, acreditando compreender com eloqüência todos os processos que formam a ética, o compromisso e o profissionalismo das verdadeiras lides jornalísticas? Os senhores devem compreender primeiro, que apesar da argumentação de que o Jornalista não representa perigo à vida como um médico, engenheiro ou advogado, Por outro lado, um aventureiro, ou teórico distorcido da hipodérmica pode representar perigo para o nível cultural e para a deturpação dos fatos. E isso é tão prejudicial quanto. As grandes redes de comunicação cansaram de pagar salário de miséria aos jornalistas e resolveram oferecer esmolas medíocres a estagiários, dessa vez com autorização do supremo, tendo em vista o quanto isso já vem acontecendo no Mercado. Preocupa-me, a maneira indecorosa de que vai surgindo no nosso país um novo AI5 que consegue comprar aventureiros com salário de miséria e fazer com que cada vez menos profissionais competentes no âmbito da notícia surjam e colaborem com o nosso enriquecimento cultural. É vergonhoso e nos deixa estupefatos a maneira como quase tudo nesse país, está embutido sob um camada de engodos e mentiras, um castelo de cartas marcadas, onde o pouco que nos resta de liberdade para falar, protestar e reivindicar um futuro mais digno e feliz é cerceado de maneira esdrúxula e desonrosa.
Sinto senhores e temo que daqui pra frente, não estejamos criando outro gengis-cã , fora da estratificação política. Esse gengis-cã seria a classe existente de mercadores da notícia.
“Não confunda derrotas com fracasso nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitórias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.”
Roberto Shinyashiki
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