O Núcleo de Articulação e Fomento para o Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata (NAF), de Vitória de Santo Antão, em parceria com a Secretaria de Agricultura de Chã Grande e a Gerência Regional de Saúde do Estado, além do IPA e do Polo de Orgânicos, está envolvido na campanha de combate ao caramujo africano (Achatina fulica). A praga, que é encontrada em áreas rurais e urbanas de vários municípios da Zona da Mata, destrói plantações e transmite doenças para o homem, a exemplo da angiostrilíase abdominal – mal que provoca perfuração intestinal.
De acordo com Milze Luz, técnica do NAF Vitória e extensionista do IPA, o caramujo se reproduz muito facilmente por ser hermafrodita. “Esse tipo de molusco realiza auto-fecundação e pode produzir em média 400 ovos por ano”, explicou Milze. Ainda de acordo com a técnica, o controle químico da praga causa danos ao meio ambiente e ao homem, além de ser muito caro – se tornando inviável para a maioria dos agricultores familiares. Pensando nisso, a prefeitura de Chã Grande buscou parceiros e iniciou uma campanha para a catação manual dos caramujos, usando, inclusive, trabalhadores rurais beneficiados pelo programa Chapéu de Palha.
O NAF está atuando no apoio logístico e na orientação aos agricultores familiares, onde a equipe explica em detalhes a forma segura de coletar os moluscos – eles devem sempre usar luvas e botas de borrachas (que devem ser desinfetadas após o uso). Ainda por segurança, os caramujos devem ser enterrados em valas com 80 centímetros de profundidade e cobertos por cal virgem.
1 comentários:
Gostei muito da matéria, Guto. Você sabe que esses caramujos são uma ameaça presente em toda a cidade, região e inclusive em Olinda. O que nós fazemos para matar os caramujos é jogar sal em cima deles, então eles viram uma espécie de baba. Pela matéria, essa prática não é nem um paleativo. Precisamos nos mobilizar para anunciar o modo correto de combate, etc. e tal. Seu blog deu uma grande contribuição!
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